Demanda por remédio para sintomas gripais cresce após aumento nos casos de doenças respiratórias no Paraná
Segundo Governo do Paraná, entre janeiro e junho foram registrados 10.038 casos e 469 mortes de pacientes hospitalizados por Síndromes Respiratórias Agudas G...

Segundo Governo do Paraná, entre janeiro e junho foram registrados 10.038 casos e 469 mortes de pacientes hospitalizados por Síndromes Respiratórias Agudas Graves. Vacina é melhor prevenção. Distribuição de antiviral cresce no Paraná com aumento de casos As buscas pelo remédio Tamiflu nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Paraná cresceram conforme o estado registrou um aumento nos casos de doenças respiratórias. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), entre janeiro e junho foram registrados 10.038 casos e 469 mortes de pacientes hospitalizados por Síndromes Respiratórias Agudas Graves. Quando comparado ao mesmo período no ano passado, o número aumentou 13%, conforme a Sesa. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp O remédio inibe a proliferação dos vírus da gripe e é usado no tratamento para os pacientes com Influenza. Ele é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com prescrição médica. Porém, a principal forma de prevenção da doença é através da vacinação, que está aberta para toda a população acima de seis meses de idade. Apesar disso, a cobertura vacinal no Paraná está baixa: apenas 40,80% do grupo prioritário de gestantes, crianças e idosos procurou pela imunização. A meta do Ministério da Saúde é atingir 90% de cada um destes grupos. "O remédio não é realmente a cura da doença. A gripe não é uma doença curável, ela é uma doença autocurável. O seu organismo começa a produzir anticorpos e você se livra do vírus. O remédio ajuda um pouquinho, porque ao invés de ficar 5 dias doente, ele consegue diminuir esse prazo da doença", explica o médico Eduardo Baptistella, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). LEIA TAMBÉM: Investigação: Servidor é denunciado por desviar mais de 7 toneladas de alimentos doados para hospital em 5 anos Entenda: Após serem transferidas para novo local, crianças acolhidas em Abrigo Municipal de Maringá fogem mais uma vez Polícia: Mulher promete R$ 1 mil para casal matar vizinho idoso após discussão por lixeira Novo repasse De janeiro a maio, o Paraná recebeu do Ministério da Saúde 1,281 milhão de comprimidos do medicamento – 6,88% a mais do que no mesmo período de 2024, quando foram entregues 1,198 milhão de unidades. Com o aumento da demanda, a Sesa solicitou ao governo federal um novo repasse e está aguardando a liberação de novos lotes do medicamento. Procura Tamiflu é usado para o tratamento de pacientes acometidos pelo vírus Influenza Emerson Ferraz/Prefeitura de Sorocaba Em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, a distribuição do medicamento nas Unidades Básicas de Saúde aumentou nos últimos dois meses. Em abril, foram entregues 800 comprimidos. Em maio, o número subiu para 5 mil. O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) vê o aumento na procura pelo medicamento com preocupação. "Você tem as indicações do remédio. Não é simplesmente 'estou gripado, vou tomar Tamiflu para sair curado'. Não. Para isso, a prevenção chama-se vacina", afirma Baptistella. Lotação dos hospitais O aumento nos registros de casos de síndromes respiratórias no Paraná levou a contratação de 58 novos leitos para atender a demanda nas regiões de Ponta Grossa, Curitiba e Foz do Iguaçu. A medida, anunciada no fim de maio, busca atender, especialmente, os casos de crianças que precisam de internação. Os leitos serão instalados a partir da próxima semana em hospitais com atendimentos dentro do SUS, nas cidades de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e São Miguel do Iguaçu, no oeste do estado e pertencente à regional de saúde de Foz do Iguaçu. Veja a distribuição: Ponta Grossa - 10 novos leitos (três Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e dez leitos de enfermaria) - Hospital do Coração Bom Jesus; Campo Largo - 20 novos leitos pediátricos - Hospital Infantil Waldemar Monastier; São Miguel do Iguaçu - 25 novos leitos pediátricos - Hospital Madre de Dio. O Hospital Municipal Padre Germano Lauck, por exemplo, único hospital público de Foz do Iguaçu, está com lotação máxima devido ao aumento de casos de doenças respiratórias e, também, de acidentes. No último sábado (31), a unidade suspendeu a admissão de novos pacientes após atingir 127% de ocupação, com 277 internados para uma capacidade de 218 leitos. Não há data para o funcionamento do hospital voltar ao normal. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.